Ajudar a esclarecer a importância de cultivar espécies da Mata Atlântica, por meio de um sistema de agrofloresta. Esse foi o objetivo do Projeto Pitanga ao receber alunos e professores do ensino médio profissionalizante, em uma área urbana, no bairro Parque Augustus, em Itanhaém, no dia 18 deste mês.
O projeto, que desenvolve o sistema de agrofloresta, já existe há cerca de quatro anos. E funciona em uma área que era totalmente desmatada e servia de depósito de entulhos, no Parque Augustus.
Trata-se de uma área pública e que foi recuperada pelo projeto, segundo o idealizador do Projeto Pitanga, o jornalista e professor Edgar Pedro de Souza.
“Limpamos e iniciamos o trabalho de plantar árvores frutíferas. Começamos plantando pitanga e araçá. Hoje já temos várias espécies, como banana, mamão, graviola, goiaba, limão, abacate, laranja, café acerola. Além de ipê amarelo, mandioca, batata doce, cúrcuma, capim cidreira, citronela, erva baleira, aroeira, pimenteira, alecrim, abacaxi, entre outras espécies”, explica Edgar.
Edgar conta que a grande maioria das espécies é oriunda da Mata Atlântica. “Nosso objetivo com o sistema de agrofloresta é recuperar a área para o cultivo de espécies. E que essa área sirva de modelo para desenvolver outras áreas no município”, completa.
Já foram doadas cerca de 11 mil mudas de várias espécies de árvores frutíferas.
Nesta semana, 28 alunos e dois professores do 2º ano do ensino médio profissionalizante, do curso técnico em Administração de Empresas, da EE Silvia Jorge Pollastrini, foram conhecer o sistema de agrofloresta.
A intenção é convidar grupos de alunos e professores para conhecer o sistema de outras escolas do município. “Nossa ideia é melhorar cada vez mais a infraestrutura do local para receber grupos de escolas. Enfrentamos alguns percalços quando animais de grande porte invadem a área e destroem algumas culturas”, frisa.
A professora Ana Fernandes, do curso de Administração de Empresas na escola Pollastrini, explica que a visita ao projeto Pitanga foi parte de uma prática em forma de ação para que os alunos do ensino profissionalizante técnico assimilem os conteúdos de ESG – Governança ambiental, social e corporativa, abordados no curso.
“Eles puderam observar e ter a experiência prática dentro dos pilares de sustentabilidade, a importância da reciclagem, a plantação na agrofloresta e de mudas. Em social, os alunos viram como converter elementos como a reciclagem, a elaboração do composto orgânico e o plantio em renda financeira. E em governança, puderam ver na prática como uma associação sem fins lucrativos funciona dentro das leis empresariais e normas constituídas por contrato social e CNPJ”.
Diz ainda que os alunos levaram mudas de árvores frutíferas para plantar em casa, provaram a orapronobis e se surpreenderam com os seus benefícios nutricionais. “O conteúdo será muito melhor absorvido com a prática e a execução do que seria apenas com as teorias”, conclui a professora.
O transporte que levou os alunos para visitar a área foi cedido pela prefeitura de Itanhaém.
Ações futuras
O projeto Pitanga, que atua há mais de quatro anos em Itanhaém, possui três pilares – arte,preservação e sustentabilidade.
Edgar informa ainda que as próximas ações do projeto é realizar uma ação para a limpeza de praia, em Mongaguá, neste sábado (22).
Mais uma ação acontece no próximo dia 7 de julho, será uma atividade sócio ambiental, na praia do centro. Com aulas de yoga, limpeza de praia, educação ambiental infantil, entre outras atividades. Essa ação acontece todo primeiro domingo do mês, em frente ao quiosque Moai, na praia do Centro.
Interessados em conhecer o trabalho do projeto ou fazer doações de mudas podem acessar o Instagram @grupopitanga ou no Whatsapp 13 99208.3671.
Fonte: Diariodolitoral.com.br