Em 9 de dezembro de 2015, Douglas Baptista, então com 62 anos, era detido em Praia Grande, no litoral paulista. Sob ele as acusações de ter matado duas crianças, abusado sexualmente de uma delas e de ter jogado ambas em um rio, ainda vivas, amarradas, para que morressem afogadas. Já na cadeia o homem confessou o óbito de outras 6 crianças, totalizando 8 vítimas. Mas a polícia acredita que existe bem mais.
O programa Investigação Criminal, disponível também no Youtube, levou de volta a história de Douglas Baptista, hoje com 71 anos. Um homem de comportamento sereno, calmo e sempre disponível para auxiliar. Era assim que as famílias das 8 crianças mortas por ele o descreviam.
Seu modo de agir era se aproximar aos poucos, ganhar a confiança dessas pessoas através de gentilezas e, com o tempo, arquitetar e executar seus crimes cruéis.
Sete moças e oito rapazes foram vítimas de Baptista, dentre elas sua enteada. A idade das crianças não variam muito, ficando entre os cinco e sete anos. Ele agia principalmente em São Vicente e Itanhaém, ainda assim, chegou a morar no interior de SP e no Sul do país, o que faz a polícia acreditar que possam ter mais vítimas do maníaco.
Baptista, como foi mostrado no documentário, dizia sentir prazer em matar. Ele tinha um verdadeiro frenesi ao amarrar as crianças, jogá-las à beira de rios ou córregos, ainda vivas, e observá-las se debater até o óbito.
Rosangela Monteiro, perita criminal, explicou que em um primeiro momento, depois de a sua prisão, Baptista teria negado os crimes. Contudo, conforme as provas de sua participação eram apresentadas – como o exame positivo que indicava que seu sêmen estava no corpo de uma das crianças, além de testemunha – ele acabou dando detalhes dos outros 6 crimes que cometeu no litoral paulista, levando a polícia até os locais exatos da desova dos corpos.
Por razões do tempo e também das condições do mar, como correntezas, não foi viável encontrar os restos mortais destas crianças.
Guilherme Fernandes, promotor de justiça que trabalhou no caso, lembrou que Baptista chegou a ser solto e teve o direito de responder em liberdade, mas acabou detido, outra vez, tempos depois, e continua à disposição da Justiça.
Todavia, sua defesa entrou com vários recursos e apelações para que ele volte para as ruas. Como já conseguiu uma vez, e até mesmo através da sua idade avançada, não existe garantias de que essa mesma Justiça o deixe atrás das grades por muito mais tempo.
Para ver o documentário completo, de onde as informações deste texto foram retiradas, basta clicar aqui.
Com informações do Diario do Litoral