O tempo mais seco que o Litoral Paulista fica enfrentando nos últimos dias têm evidenciado um fato importante: a qualidade do ar fica preocupante. Em Cubatão, cidade que já sofreu com a poluição nos anos 80, apresenta níveis de “moderados” a “muito ruim” em vários pontos da Cidade na manhã desta terça-feira (20).
Na medição feita na Vila Parisi, próxima ao Polo Industrial, o índice para poluentes MP10 (partículas inaláveis) é tido “muito ruim”. Já no Vale Mogi, também na área cubatense, o índice é “moderado” para o mesmo poluente.
Santos também tem área evidenciando uma baixa qualidade de ar, conforme com o Mapa da Qualidade da Cetesb. Na área da Ponta da Praia, próximo a área portuária, os níveis são considerados “moderados” para MP2,5 (partículas inaláveis finas).
Na noite da última segunda-feira (19), o The Weather Chanel também indicava que a qualidade do ar no Jardim Casqueiro, por volta das 23h, era “muito insalubre” para O3 (ozônio), “insalubre” para MP2,5 e “moderada” para MP10.
Na manhã desta terça-feira (20), os dados no site meteorológico seguem apontando para baixa qualidade de ar. Os níveis de MP2,5 estão “insalubre para grupos de risco”, evidenciando que “membros de grupos sensíveis poderão sentir efeitos à saúde”.
No Litoral Norte de São Paulo, no Centro de São Sebastião, os níveis também são ruins na manhã desta terça-feira (20). Por lá, o mapa da Cetesb aponta para qualidade “moderada” para MP10.
A reportagem do Diário do Litoral entrou em contato com a Cetesb, mas não teve retorno até o momento. No site é capaz saber os malefícios que cada poluente pode causar à saúde.
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Veja o que os poluentes podem causar à saúde
MP10 (partículas inaláveis)
De maneira simplificada, as partículas inaláveis poderão ser definidas como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é menor ou igual a 10 unidades de medida de comprimento micrómetro (µm). “Dependendo da distribuição de tamanho na faixa de 0 a 10 µm, podem ficar retidas na parte superior do sistema respiratório ou penetrar mais profundamente, alcançando os alvéolos pulmonares”, explica a Cetesb.
MP2,5 (partículas inaláveis finas)
As partículas inaláveis finas têm diâmetro aerodinâmico menor ou igual a 2,5 µm. “Por causa do seu tamanho diminuto, penetram profundamente no sistema respiratório, podendo atingir os alvéolos pulmonares”, complementa.
O3 (ozônio)
“Oxidantes fotoquímicos” é a denominação que se dá à mistura de poluentes secundários compostos por reações entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de luz solar, sendo estes últimos liberados na queima incompleta e evaporação de combustíveis e solventes.
O principal produto dessa reação é o ozônio, por isso mesmo usado como parâmetro indicador da presença de oxidantes fotoquímicos na atmosfera. Tais poluentes formam a chamada névoa fotoquímica ou “smog fotoquímico”, que tem esse nome porque causa na atmosfera diminuição da visibilidade.
“Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à vegetação. É sempre bom ressaltar que o ozônio encontrado na faixa de ar próxima do solo, onde respiramos, chamado de “mau ozônio”, é tóxico. Entretanto, na estratosfera (em torno de 25 km de altitude) o ozônio tem a importante função de proteger a Terra, como um filtro, dos raios ultravioletas emitidos através do Sol”, explica a Cetesb.
Com informações do Diario do Litoral