O município de Itanhaém, localizado no Litoral Sul de São Paulo, tem uma ilha que é considerada um dos lugares mais perigosos do mundo. Isso porque o local é repleto de serpentes e tem a segunda maior concentração deste tipo de animal em todo o mundo.
Localizada a 35 km da costa, a Ilha da Queimada Grande tem por volta de 45 serpentes por hectare. Lá é também o único habitat da jararaca-ilhoa (Bothrops insularis), espécie que fica entre as mais perigosas da fauna terrestre.
Ou seja, visitar o lugar de forma clandestina é garantia de ser atacado por uma delas.
Acesso difícil
Não é capaz visitar o local sem autorização do SISBio. Além do mais, desembarcar na ilha é uma tarefa difícil, devido ao terreno de rochas escorregadias. O lugar é reservado apenas a pesquisadores ambientais e pescadores, que precisam de aval das autoridades para se aproximar do recinto.
O SISBio só concede a liberação para adentrar na ilha mediante apresentação de uma proposta que é avaliada através do ICMBio. Mesmo os pesquisadores e especialistas que vão na Ilha da Queimada Grande tomam os cuidados necessários. A caminhada é sempre com vestimenta adequada e atenção contínuo.
Veneno mais forte
Na ilha, como não existe muitos roedores ou outras detidas, que são o alimento principal da jararaca-ilhoa, o veneno da espécie ficou ainda mais forte. Isso ocorreu porque estas cobras precisaram procurar outros tipos de detidas, como aves. Assim, o veneno passou a ter uma concentração mais mortal, para aumentar a eficiência da caça.
Vale destacar que a jararaca-ilhoa é um tipo ameaçada de extinção.
A origem do nome
O nome popular (Ilha das Cobras) surgiu por motivo das habitantes que dominam o território: as cobras. Já o outro nome (Queimada Grande) foi adotado devido às queimadas que os velhos pescadores (que sem conhecimento desembarcavam para descansar) faziam para afastar os animais.
Com informações do Diario do Litoral